Avaliação secundária

Fonte: http://www.bombeirosemergencia.com.br/analiseprimaria2.html

Processo ordenado que visa descobrir lesões ou problemas clínicos que, se não tratados, poderão ameaçar a vida, através da interpretação dos achados na verificação dos sinais vitais, exame físico e na entrevista. Através da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela vítima o socorrista poderá determinar o tipo de emergência e os procedimentos operacionais específicos. Uma parte da análise é objetiva, através do exame dos sinais vitais e do corpo da vítima (exame físico) e a outra é subjetiva, através de dados colhidos em entrevista.
 
SINAIS VITAIS E SINAIS DIAGNÓSTICOS
 
Toda lesão ou doença tem formas peculiares de se manifestar e isso pode ajudá-lo no descobrimento do tipo de problema que afeta a vítima. Estes indícios são divididos em dois grupos: os sinais e os sintomas.
Alguns são bastante óbvios, mas outros indícios importantes podem passar despercebidos, a menos que você examine a vítima cuidadosamente, da cabeça aos pés. 
 
SINAIS são detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos – visão, tato, audição e olfato – durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão incluem sangramento, inchaço (edema), aumento de sensibilidade ou deformação; já os sinais mais comuns de doenças são pele pálida ou avermelhada, suor, temperatura elevada e pulso rápido.
SINTOMAS são sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever. Pode ser necessário que o socorrista faça perguntas para definir a presença ou ausência de sintomas. Pergunte à vítima consciente se sente dor e exatamente onde. Examine a região indicada procurando descobrir possíveis lesões por trauma, mas lembre-se de que a dor intensa numa região pode mascarar outra enfermidade mais séria, embora menos dolorosa. Além da dor, os outros sinais que podem ajudá-lo no diagnóstico incluem náuseas, vertigem, calor, frio, fraqueza e sensação de mal-estar. 
 
SINAIS VITAIS
 
Refletem o estado atual dos sistemas respiratório e circulatório:
 
1. Verificar a freqüência respiratória e a qualidade da respiração;
2. Verificar a freqüência cardíaca e a qualidade do pulso;
3. Verificar a pressão arterial.



FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA E QUALIDADE DA RESPIRAÇÃO
a)     A respiração normal é fácil, sem dor e sem esforço;
b)     Observar a expansão do tórax da vítima;
c)      Palpar o pulso radial para evitar que a vítima perceba que o socorrista está checando a respiração;
 
d. Observar os movimentos torácicos e contar durante 30 (trinta) segundos, multiplicando-se por 2 (dois), obtendo a freqüência de movimentos respiratórios por minuto (m.r.m.)
e. Se a respiração for irregular, contar durante 1 minuto.
Observar a qualidade da respiração, avaliando se:
§ Normal;
§ Superficial;
§ Profunda;
§ Rápida;
§ Lenta.
 
Verificar tipo de respiração se:
§ Regular;
§ Simétrico;
§ Ruídos anormais.
 
FREQUENCIA RESPIRATÓRIA NORMAL
RESPIRAÇÃO EM REPOUSO





FREQÜÊNCIA

Idade acima de 8 anos
NORMAL – de12 a 20 rpm
LENTO  – menor que 12 rpm
RÁPIDO  – maior que  20 rpm
        
Idade entre 1 a 8 anos
NORMAL – de 20 a 40 rpm
LENTO  – menor que 20 rpm
RÁPIDO  – maior que  40 rpm

Idade abaixo de 1 ano
NORMAL – de 40 a 60 rpm
LENTO  – menor que 40 rpm
RÁPIDO  – maior que  60 rpm
ANORMALIDADES DE PULSO
 
COR DA PELE
MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES
Pulso rápido e forte

Hipertensão, susto, medo

Pulso rápido e fraco
Hemorragia, desidratação
Pulso ausente
Parada cardíaca, lesão arterial
 PRESSÃO ARTERIAL
 
É a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas das artérias. É constituída por duas mensurações: PA máxima (sistólica) e PA mínima (diastólica).
 
Sistólica: é a pressão máxima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias durante a contração do coração (sístole)
Diastólica: é a pressão mínima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias durante o relaxamento do coração (diástole)
 
TÉCNICA EMPREGADA PARA AFERIR A PRESSÃO ARTERIAL
 
1. Expor o braço da vítima acima do cotovelo, certificando-se de que não há compressão;
1. Fixar o manguito do esfigmomanômetro cerca de 04 (quatro) cm acima do cotovelo da vítima;
2. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial do mesmo braço da vítima;
3. Fechar a válvula e insuflar ar pela pêra até o manômetro marcar 200 mmhg;
4. Abrir a válvula lentamente, cerca de 5 mmhg no intervalo de 3 segundos;
5. O som do primeiro batimento indicará a pressão arterial sistólica;
6. Continuar permitindo a saída do ar;
7. O cessar do som dos batimentos indicará a pressão arterial diastólica;
8. Remover todo o ar, soltando o manguito,
 
ATENÇÃO
 
· Na impossibilidade de auscultar os batimentos, a pressão arterial sistólica poderá ser medida palpando-se o pulso radial ou no membro inferior (pulso pedioso).
· Evitar verificar a PA várias vezes consecutivas no mesmo braço;
· Se a vítima for hipertensa e o socorrista começar a ouvir o som dos batimentos cardíacos logo que desinflar o manguito, torne a infla-lo acima dos 200 mmhg indicados.

VALORES NORMAIS DE PRESSÃO ARTERIAL
Idoso – acima de 50 anos
140-160/90-100 mmHg
Idade acima de 16 anos
120/80 mmHg
Idade – 16 anos
118/75 mmHg
Idade – 6 anos
95/62 mmHg
Idade – 12 anos
108/67 mmHg
Idade – 4 anos
85/60 mmHg
Idade – 10 anos
100/65 mmHg
RN (3Kg)
52/30 mmHg
O resultado poderá apresentar-se:
· Normal (normotenso);
· Alterado (hipertensão ou hipotensão);
· Na faixa etária adulta os valores limites de PA são: PAS 140 mmHg – PAD 90 mmHg.
 
AVALIAÇÃO DAS PUPILAS
 
As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem contornos regulares.
Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas viciadas em drogas. As pupilas indicam um estado de relaxamento ou inconsciência, geralmente tal dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca.
As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas vítimas com lesões de crânio ou acidente vascular cerebral. Na morte, as pupilas estão totalmente dilatadas e não respondem à luz.
 
· Observe: reatividade, igualdade e tamanho das pupilas.
 
Analise as alterações:
1. Observar a reação das pupilas à luz, classificando-as em: reativas ou arreativas;
2. Observar a simetria entre as pupilas classificando-as em: isocóricas ou anisocóricas;
3. Observar o tamanho das pupilas classificando-as em: midriáticas (midríase) ou mióticas (miose).
ALTERAÇÕES PUPILARES
TIPO
MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES
Midríase paralítica

Morte cerebral

Miose
Uso de alguns tipos de drogas
Anisocoria
Lesão cerebral localizada devido a TCE, AVC

VERIFICAÇÃO DA ESCALA DE COMA DE GLASGOW
Elaborada por (Teasdale, G.; Jennett, B. – 1974)
( Teasdale, G.; Murray, G.; Parker, L.; Jenett, B. – 1974)
 
Para vítimas maiores de 5 anos de idade
 
1. Observar as respostas, anotar e somar os pontos para obter o grau dentro da Escala de Coma de Glasgow.

ABERTURA OCULAR

·      Espontânea ............................................
·      Solicitação verbal .......................................
·      Estímulo doloroso ......................................
·      Nenhuma ....................................................
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
MELHOR RESPOSTA VERBAL
·      Orientada ...................................................
·      Desorientada/confusa ...............................
·      Palavras inapropriadas ..............................
·      Sons/gemidos ............................................
·      Nenhuma .
5 pontos
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto

 

MELHOR RESPOSTA MOTORA
·      Obedece comandos verbais ......................
·      Localiza e tenta remover o estímulo doloroso ...
·      Reage a dor ................................................
·      Flexão anormal à dor (decorticação) ..........
·      Extensão anormal à dor ( descerebração) .
·      Nenhuma  ..................................................
6 pontos
5 pontos

4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
Para vítimas menores de 5 anos de idade
 
1. Observar as respostas, anotar e somar os pontos para obter o grau dentro da Escala de Coma de Glasgow.

ABERTURA OCULAR

·      Espontânea ...............................................
·      Ordem verbal .............................................
·      Estímulo doloroso .......................................
·      Nenhuma ........................................
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto

MELHOR RESPOSTA VERBAL

·      Palavras apropriadas/sorriso/olhar acompanha ...
·      Choro, mas que pode ser confortado ..............
·      Irritabilidade persistente ............................
·      Agitação ...................................................
·      Nenhuma ...................................................

5 pontos

4 pontos

3 pontos
2 pontos
1 ponto

MELHOR RESPOSTA MOTORA

·      Movimenta os 4 membros espontaneamente ...
·      Localiza e retira o estímulo doloroso .........
·      Sente dor, mas não retira ...........................
·      Flexão anormal à dor (decorticação) .........
·      Extensão anormal à dor ( descerebração)
·      Nenhuma ..................................................

6 pontos

5 pontos
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto

POSTURAS DE DECORTICAÇÃO E DESCEREBRAÇÃO
São encontradas nas lesões que afetam o tronco cerebral, com a Escala de Coma de Glasgow variando entre 3 e 5. A rigidez de decorticação consiste na flexão dos braços, dos punhos e dedos com adução do membro superior e extensão do inferior e são típicas de lesões no mesencéfalo.
 

A rigidez da descerebração consiste em opistótono (posição ereta do corpo) com os dentes cerrados, os braços estendidos e rígidos, aduzidos e hiperpronados e os membros inferiores estendidos. Quando a lesão progride no sentido da medula espinhal (caudal), verificamos atonia (fraqueza) muscular e apnéia (parada respiratória), hipotensão arterial, com comprometimento do bulbo.

OBSERVAÇÕES

 
1. Provocar o estímulo doloroso, na seguinte ordem:
· 1ª opção: fechar sua mão e pressionar o esterno da vítima com a face dorsal da mão, na altura da articulação entre a falange proximal e intermediária;
· 2ª opção: pressionar discretamente a musculatura do trapézio, ao lado do pescoço
.

 
 
ATENÇÃO
 
· Jamais beliscar, dar tapas, espetar com agulhas ou praticar qualquer forma de agressão à vítima para se obter um estímulo doloroso.
 
EXAME DA CABEÇA AOS PÉS
 
Refere-se à apalpação e inspeção visuais realizadas pelo socorrista, de forma padronizada, buscando identificar na vítima, sinais de uma lesão ou problema médico.
 
Proceder ao exame da cabeça aos pés, observando:
 
1. Cabeça:
· Ferimentos ou deformidades;
· Crepitação óssea;
· Secreção pela boca, nariz e/ou ouvidos;
· Hálito;
· Dentes quebrados, próteses dentárias;
 
2. Pescoço:
· Ferimentos ou deformidades;
· Estase jugular, comuns no pneumotórax hipertensivo e tamponamento pericárdico;
· Desvio de traquéia, comum em lesão direta no pescoço ou pneumotórax hipertensivo;
· Resistência ou dor ao movimento;
· Crepitação óssea;
· Enfisema subcutâneo, em conseqüência de lesão nas vias aéreas.
 
 
3. Tórax e costas:
· Ferimentos e deformidades;
· Respiração difícil;
· Alteração da expansibilidade;
· Crepitação óssea;
· Enfisema subcutâneo, em conseqüência de lesão nas vias aéreas.
 
4. Abdome:
· Ferimentos (contusões, escoriações, etc.);
· Dor à palpação;
· Rigidez da parede abdominal (abdome em tábua).
 
5. Pelve e nádegas:
· Ferimentos ou deformidades;
· Dor à palpação;
· Crepitação óssea;
· Instabilidade da estrutura óssea.
 
6. Extremidades inferiores e superiores:
· Ferimentos ou deformidades;
· Pulso distal (extremidades superiores - artéria radial; extremidades inferiores - artéria pediosa);
· Resposta neurológica (insensibilidade, formigamentos) para avaliar lesão de nervos;
· Avaliar a motricidade e a força muscular para verificar lesão de nervos ou músculos;
· Perfusão capilar, para avaliar lesão arterial ou sinais de choque;
· Verificar temperatura e coloração da pele, para avaliar lesão vascular.
 
 
ENTREVISTA - ANÁLISE SUBJETIVA
 
· Colher dados com a própria vítima, testemunhas e/ou familiares, durante o atendimento, concomitantemente com as demais avaliações, que possam ajudar no atendimento, usando a regra mnemônica A M P L A:
 
(A) Alergias: a alimentos, medicamentos, pós, gases inalados, ou qualquer substância que saiba ser alérgico ou que tenha tido contato;
(M) Medicamentos em uso: toma medicamento regularmente, prescrito por médico ou automedicação, tipo, destinado a que problema; use as palavras “medicação” ou “remédio”, evite o uso da expressão “droga”, pois pode inibir a pessoa ou quem esteja sendo questionado;
(P) Problemas antecedentes: sofre de alguma doença crônica (diabetes, cardíaco, renal crônico)? Já teve distúrbios semelhantes? Quando? Como ocorre? Quais os sinais e sintomas presentes? Sofreu internações hospitalares?;
(L) Líquidos e alimentos ingeridos: quando comeu pela última vez? O que comeu? (alguns alimentos podem causar conseqüências no organismo ou agravar a condição clínica da vítima. Além disso, se a vítima precisar ir para a cirurgia, a equipe médica que vier a receber a vítima no hospital, precisa saber quando foi a última refeição);
(A) Ambiente, local da cena: elementos presentes na cena de emergência podem dar indicações do tipo de problema apresentado, aplicadores de drogas, frascos de medicamentos, vômitos, presença de gases, etc.
 
Complemente a entrevista pesquisando circundantes e familiares, de forma discreta, de modo a colher mais informações pertinentes ao estado da vítima.
VERIFICAÇÃO DA ESCALA DE COMA DE GLASGOW
Elaborada por (Teasdale, G.; Jennett, B. – 1974)
( Teasdale, G.; Murray, G.; Parker, L.; Jenett, B. – 1974)
 
Para vítimas maiores de 5 anos de idade
 
1. Observar as respostas, anotar e somar os pontos para obter o grau dentro da Escala de Coma de Glasgow.

ABERTURA OCULAR

·      Espontânea ............................................
·      Solicitação verbal .......................................
·      Estímulo doloroso ......................................
·      Nenhuma ....................................................
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
MELHOR RESPOSTA VERBAL
·      Orientada ...................................................
·      Desorientada/confusa ...............................
·      Palavras inapropriadas ..............................
·      Sons/gemidos ............................................
·      Nenhuma .
5 pontos
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto

 

MELHOR RESPOSTA MOTORA
·      Obedece comandos verbais ......................
·      Localiza e tenta remover o estímulo doloroso ...
·      Reage a dor ................................................
·      Flexão anormal à dor (decorticação) ..........
·      Extensão anormal à dor ( descerebração) .
·      Nenhuma  ..................................................
6 pontos
5 pontos

4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
Para vítimas menores de 5 anos de idade
 
1. Observar as respostas, anotar e somar os pontos para obter o grau dentro da Escala de Coma de Glasgow.

ABERTURA OCULAR

·      Espontânea ...............................................
·      Ordem verbal .............................................
·      Estímulo doloroso .......................................
·      Nenhuma ........................................
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto

MELHOR RESPOSTA VERBAL

·      Palavras apropriadas/sorriso/olhar acompanha ...
·      Choro, mas que pode ser confortado ..............
·      Irritabilidade persistente ............................
·      Agitação ...................................................
·      Nenhuma ...................................................

5 pontos

4 pontos

3 pontos
2 pontos
1 ponto

MELHOR RESPOSTA MOTORA

·      Movimenta os 4 membros espontaneamente ...
·      Localiza e retira o estímulo doloroso .........
·      Sente dor, mas não retira ...........................
·      Flexão anormal à dor (decorticação) .........
·      Extensão anormal à dor ( descerebração)
·      Nenhuma ..................................................

6 pontos

5 pontos
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto

POSTURAS DE DECORTICAÇÃO E DESCEREBRAÇÃO
São encontradas nas lesões que afetam o tronco cerebral, com a Escala de Coma de Glasgow variando entre 3 e 5. A rigidez de decorticação consiste na flexão dos braços, dos punhos e dedos com adução do membro superior e extensão do inferior e são típicas de lesões no mesencéfalo.
 

A rigidez da descerebração consiste em opistótono (posição ereta do corpo) com os dentes cerrados, os braços estendidos e rígidos, aduzidos e hiperpronados e os membros inferiores estendidos. Quando a lesão progride no sentido da medula espinhal (caudal), verificamos atonia (fraqueza) muscular e apnéia (parada respiratória), hipotensão arterial, com comprometimento do bulbo.

OBSERVAÇÕES

 
1. Provocar o estímulo doloroso, na seguinte ordem:
· 1ª opção: fechar sua mão e pressionar o esterno da vítima com a face dorsal da mão, na altura da articulação entre a falange proximal e intermediária;
· 2ª opção: pressionar discretamente a musculatura do trapézio, ao lado do pescoço
.

 
 
ATENÇÃO
 
· Jamais beliscar, dar tapas, espetar com agulhas ou praticar qualquer forma de agressão à vítima para se obter um estímulo doloroso.
 
EXAME DA CABEÇA AOS PÉS
 
Refere-se à apalpação e inspeção visuais realizadas pelo socorrista, de forma padronizada, buscando identificar na vítima, sinais de uma lesão ou problema médico.
 
Proceder ao exame da cabeça aos pés, observando:
 
1. Cabeça:
· Ferimentos ou deformidades;
· Crepitação óssea;
· Secreção pela boca, nariz e/ou ouvidos;
· Hálito;
· Dentes quebrados, próteses dentárias;
 
2. Pescoço:
· Ferimentos ou deformidades;
· Estase jugular, comuns no pneumotórax hipertensivo e tamponamento pericárdico;
· Desvio de traquéia, comum em lesão direta no pescoço ou pneumotórax hipertensivo;
· Resistência ou dor ao movimento;
· Crepitação óssea;
· Enfisema subcutâneo, em conseqüência de lesão nas vias aéreas.
 
 
3. Tórax e costas:
· Ferimentos e deformidades;
· Respiração difícil;
· Alteração da expansibilidade;
· Crepitação óssea;
· Enfisema subcutâneo, em conseqüência de lesão nas vias aéreas.
 
4. Abdome:
· Ferimentos (contusões, escoriações, etc.);
· Dor à palpação;
· Rigidez da parede abdominal (abdome em tábua).
 
5. Pelve e nádegas:
· Ferimentos ou deformidades;
· Dor à palpação;
· Crepitação óssea;
· Instabilidade da estrutura óssea.
 
6. Extremidades inferiores e superiores:
· Ferimentos ou deformidades;
· Pulso distal (extremidades superiores - artéria radial; extremidades inferiores - artéria pediosa);
· Resposta neurológica (insensibilidade, formigamentos) para avaliar lesão de nervos;
· Avaliar a motricidade e a força muscular para verificar lesão de nervos ou músculos;
· Perfusão capilar, para avaliar lesão arterial ou sinais de choque;
· Verificar temperatura e coloração da pele, para avaliar lesão vascular.
 
 
ENTREVISTA - ANÁLISE SUBJETIVA
 
· Colher dados com a própria vítima, testemunhas e/ou familiares, durante o atendimento, concomitantemente com as demais avaliações, que possam ajudar no atendimento, usando a regra mnemônica A M P L A:
 
(A) Alergias: a alimentos, medicamentos, pós, gases inalados, ou qualquer substância que saiba ser alérgico ou que tenha tido contato;
(M) Medicamentos em uso: toma medicamento regularmente, prescrito por médico ou automedicação, tipo, destinado a que problema; use as palavras “medicação” ou “remédio”, evite o uso da expressão “droga”, pois pode inibir a pessoa ou quem esteja sendo questionado;
(P) Problemas antecedentes: sofre de alguma doença crônica (diabetes, cardíaco, renal crônico)? Já teve distúrbios semelhantes? Quando? Como ocorre? Quais os sinais e sintomas presentes? Sofreu internações hospitalares?;
(L) Líquidos e alimentos ingeridos: quando comeu pela última vez? O que comeu? (alguns alimentos podem causar conseqüências no organismo ou agravar a condição clínica da vítima. Além disso, se a vítima precisar ir para a cirurgia, a equipe médica que vier a receber a vítima no hospital, precisa saber quando foi a última refeição);
(A) Ambiente, local da cena: elementos presentes na cena de emergência podem dar indicações do tipo de problema apresentado, aplicadores de drogas, frascos de medicamentos, vômitos, presença de gases, etc.
 
Complemente a entrevista pesquisando circundantes e familiares, de forma discreta, de modo a colher mais informações pertinentes ao estado da vítima.

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